October 31, 2024

Confiança do Comércio recua em outubro

Confiança do Comércio recua em outubro

O Índice de Confiança do Comércio (ICOM), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), registrou variação de -1,3% em outubro de 2024, depois de ter registrado alta de 1,2% em setembro de 2024. Com isso, o índice atingiu os 89,0 pontos na série com ajuste. Na relação com o mesmo período de 2023, o ICOM registrou variação de 1,2% na série sem ajuste sazonal, alcançando 93,1 pontos em outubro de 2024.

Na comparação marginal, o ICOM refletiu quedas tanto no Índice de Situação Atual (ISA-COM), que variou -2,4% e atingiu os 90,8 pontos, como também do Índice de Expectativas (IE-COM), que variou -0,1% e registrou 87,9 pontos. No mês anterior, as variações haviam sido, respectivamente de 1,2% e 1,1%. Em relação a out/23, ISA-COM registrou variação de -0,1%, com o índice chegando a 92,5 pontos na comparação interanual, e o IE-COM teve variação de 2,4%, registrando 95,2 pontos.

A confiança do comércio tem alternado altas e baixas nos últimos meses. E a pesquisa de outubro reforça isso. O Índice de Situação Atual apresentou a segunda queda consecutiva nas avaliações sobre a demanda atual. A avaliação sobre a situação atual dos negócios também apresentou redução. Já o Índice de Expectativas recuou 0,1%, resultado de um movimento oposto entre os seus dois componentes: a expectativa sobre a tendência dos negócios nos próximos seis meses apresentou alta, enquanto as perspectivas de vendas nos próximos três meses apresentaram a sexta queda consecutiva, revelando o clima de incerteza entre os empresários com relação ao início do ano.

O mercado de trabalho bastante resiliente, a expansão continuada da massa real de salários e o maior volume de crédito na economia, especialmente para pessoas físicas, ajudam a explicar as vendas do varejo nacional que acumula alta real de 5,1% no ano até agosto de 2024 e 4,0% em 12 meses. Se o setor expande vendas, o que estaria limitando a confiança, especialmente num momento como esse que antecede um período marcado por Black Friday e Natal? A pesquisa tem mostrado que o principal motivo limitante da melhoria dos negócios tem sido a concorrência no próprio setor, fator que supera a demanda insuficiente e o custo financeiro. Isso deixa claro que, nesse cenário, fica cada vez mais relevante o papel das empresas em estabelecer estratégias de ação que as façam mais competitivas e atraentes para os consumidores.

Fonte: Fecomércio-RS

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