Dados da PMC atingem novo recorde na série com ajuste sazonal
Conforme a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do IBGE, que investiga empresas varejistas com 20 pessoas ocupadas ou mais, o Varejo Restrito brasileiro teve aumento de 1,2% no volume de vendas no mês de maio de2024 em relação ao mês imediatamente anterior, na série que considera o ajuste sazonal. Além de ser o quinto resultado de alta consecutiva este também é o valor máximo para a série desde o início dos registros em jan/00. No mês de abril de 2024, a PMC registrou aumento de 0,9%. Em relação ao mesmo período do ano anterior, a PMC teve, em abril, alta de 8,1%. Com o resultado, o varejo restrito brasileiro registrou no acumulado em 12 meses aumento de 3,4%. O Varejo Ampliado, que inclui as atividades de Material de Construção e Veículos, Motos, Partes e Peças, e Atacado de Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo teve variação de 0,8% na comparação mensal, e em relação a maio do ano anterior, houve aumento de 5,0%. Com isso, o Varejo Ampliado acumulou alta de 3,7% em doze meses.
No Rio Grande do Sul (RS), comparado ao mês anterior, o Varejo Restrito apresentou alta de 1,8% na série dessazonalizada, que sucedeu uma queda de 0,8% registrada em abril de 2024. Em relação ao mês de maio do ano passado, houve aumento de 9,9%. Com o resultado do mês, o Varejo gaúcho acumulou em doze meses encerrados em maio de 2024 aumento de 4,2%. Já no Varejo Ampliado gaúcho, foi registrada queda de 2,8% na margem. Em relação a maio de2023, as vendas aumentaram 0,4%. Dessa forma, o volume de vendas do Varejo Ampliado registrou alta de 3,0% no acumulado em doze meses para o Rio Grande do Sul.
Oito dos cincos segmentos do Varejo Restrito do Rio Grande do Sul na comparação com maio de 2023 tiveram variação positiva: Hipermercados, Supermercados, Prod. Alimentícios, Bebidas e Fumo (19,5%), Móveis e eletrodomésticos (13,1%), Equipamentos e Materiais para Escritório, Informática e Comunicação (10,2%), Artigos Farmacêuticos e Perfumaria (6,6%), e Tecidos, Vestuário e calçados (5,4%). Por outro lado, registraram variações negativas: Livros, jornais, revistas e papelaria (-30,2%), Combustíveis e lubrificantes(-5,2%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-4,5%). No Varejo Ampliado, as três atividades apresentaram queda: com Veículos, Motos, Partes e Peças registrando -34,2%, Material de construção com queda de -4,9% e Atacado de Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo com variação de -1,2%.
Os resultados da PMC de maio confirmam uma trajetória do varejo nacional, que já vinha sendo observada ao longo do ano. No entanto, é importante destacar que, além dos elementos que têm impulsionado a demanda, como o mercado de trabalho aquecido e o crescimento do crédito para pessoas físicas, a dinâmica observada nos resultados do mês foi fortemente influenciada pela tragédia climática ocorrida no Rio Grande do Sul. O principal destaque, o segmento de hipermercados e supermercados (grande responsável pelo desempenho do varejo restrito no RS em maio de 2024) foi impulsionado pela corrida dos gaúchos aos supermercados e hipermercados devido ao receio de desabastecimento. Dado que essa hipótese não se concretizou, a estocagem de itens nas residências das famílias gaúchas, acabaram por representar um consumo antecipado, que deve impactar nas vendas futuras. Houve também uma maior demanda para compras de produtos para ajudar as pessoas afetadas pela tragédia. Vale destacar, que além deste efeito no RS propriamente dito, houve também em todo o país uma forte mobilização para doações às famílias afetadas pelas enchentes. Além disso, como início do processo de reconstrução, houve um aumento na demanda por produtos para viabilizar o retorno das famílias às suas casas, o que estimulou o consumo de itens de limpeza, móveis e eletrodomésticos.
Fonte: Fecomércio-RS