April 23, 2025

PEIC-RS de março de 2025: nova queda do percentual de endividados e inadimplentes

PEIC-RS de março de 2025: nova queda do percentual de endividados e inadimplentes

Apesar da redução dos índices de endividamento e inadimplência, o comprometimento da renda entre os endividados apresentou aumento

A Fecomércio-RS divulgou os resultados da edição de março de 2025 da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência das Famílias (PEIC-RS). Os dados da pesquisa foram coletados nos últimos dez dias do mês de fevereiro, em Porto Alegre. O percentual de famílias gaúchas endividadas atingiu 88,1%, registrando uma redução em relação ao mês anterior (88,6%) e a março de 2024 (88,3%). Essa foi a quinta queda consecutiva do indicador na comparação com o mês anterior. O percentual de famílias com contas em atraso também apresentou redução, chegando a 28,3%, o menor valor desde dez/21 (26,8%), registrando a sétima queda sequencial do indicador na comparação com o mês imediatamente anterior. O número de março de 2025 reflete uma melhora em relação aos 30,0% do mês anterior e aos 36,1% de mar/24. Além disso, o percentual de contas em atraso que não serão pagas nos próximos trinta dias diminuiu de 2,2% em fevereiro de 2025 para 2,0% em março de 25 – sexta queda consecutiva na comparação com o mês anterior.

Por outro lado, a parcela da renda comprometida com dívidas registrou um aumento, subindo para 28,5% (quinta alta consecutiva na comparação com o mês anterior) e marcando o maior valor desde fevereiro de 2020 (28,7%). É importante destacar que esse aumento decorre exclusivamente da situação de famílias com renda inferior a 10 salários-mínimos (SM), que comprometeram 28,9% da sua renda em março de 2025, enquanto as famílias de maior poder aquisitivo (acima de 10 SM) apresentaram uma queda nesse indicador, de 27,0% em fevereiro de 2025 para 26,5% em março e 2025.

“O quadro da PEIC deste mês mostra uma redução no percentual de famílias endividadas e inadimplentes, mas com um aumento no comprometimento da renda, especialmente entre as famílias com renda abaixo de 10 salários-mínimos. Como a maior parte das dívidas das pessoas físicas é pré-fixada, a perspectiva da manutenção de juros altos por mais tempo na economia brasileira tende a ter impacto negativo sobre aqueles que precisarem fazer novas dívidas nos próximos meses, com efeito também na inadimplência”, concluiu Luiz Carlos Bohn, presidente da Fecomércio-RS. Confira os dados completos e a análise econômica.

Fonte: Fecomércio-RS

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