Serviços avançam no RS, com patamar ainda baixo, maior força na reação deve iniciar a partir de outubro
Em setembro de 2024, conforme a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), do IBGE, o volume de vendas do setor de serviços no Brasil teve aumento de 1,0% na série com ajuste sazonal. A alta sucedeu uma queda de 0,3% no mês anterior. Dessa forma, a série renovou a máxima histórica e superou o patamar pré-pademia em 16,4%. Na comparação com o mesmo período do ano passado houve aumento de 4,0% — sexta alta positiva consecutiva. Esse aumento sucedeu uma alta revisada de 1,9%. Com o resultado de setembro de 2024, o acumulado do ano registrou aumento de 2,9% e, em 12 meses, aumento de 2,3%, acelerando em relação aos 12 meses encerrados em agosto de 2024.
No caso do Rio Grande do Sul, houve aumento de 1,9% no volume de vendas do setor na comparação com o mês imediatamente anterior na série com ajuste sazonal. Na comparação com abril de 2024, período que antecede à enchente de maio de 2024, o volume de serviços ainda é 9,6% menor . Em relação a setembro de 2023, houve queda de 10,4% no volume. Assim, o volume de serviços acumulado no ano registrou variação de -7,7%, enquanto que em 12 meses a queda é de -5,7%, aumentando a intensidade da queda na comparação com o mês imediatamente anterior.
A baixa interanual de 10,4% na comparação interanual foi verificada em três das cinco atividades avaliadas na PMS no Rio Grande do Sul. Transportes, Serviços Auxiliares aos Transportes e Correio tiveram queda de 30,4%. Já os Serviços Prestados às Famílias recuaram 3,4%, num processo de redução de perdas. Já Serviços Profissionais Administrativos e Complementares tiveram recuo de 1,5%, desacelerando o ritmo de queda em relação ao interanual medido no mês anterior. Por outro lado, Informação e Comunicação cresceram 7,8%, e Outros serviços 18,8%, acumulando em 12 meses 4,8% e -0,1% respectivamente.
Quando se avalia as atividades turísticas conjuntamente, agregadas no IATUR (Índice de Atividades Turísticas), o resultado de setembro para o RS mostra aumento de 3,1% na margem, mas ainda apresentando recuo significativo em relação a setembro de 2023 (-15,8%), acumulando queda de 11,8% em 12 meses. No Brasil, o IATUR teve variação de 0,5% na margem e aumento de 2,2% em relação a set/23, acumulando em 12 meses 2,6%.
Com o crescimento na margem do volume de serviços em setembro, mais que compensando o pequeno recuo de agosto, o nível do setor no Brasil renova recordes históricos – impulsionado na margem por quatro das três grandes seções do setor, destacando-se a renovação da máxima histórica do segmento de Serviços de Tecnologia da Informação . Na comparação interanual, o crescimento de 4,0% faz acelerar o acumulado em 12 meses, que denota o dinamismo sustentado do setor que caso se mantenha no mesmo patamar até o fim do ano, registrará crescimento de 2,9%. Já no RS, o crescimento na margem se dá em patamar muito baixo, que fica ainda distante do pré-tragédia – evidente pela queda interanual que, mesmo desacelerando em relação a agosto, fica ainda muito aquém do volume de setembro do ano passado, resultando em um aprofundamento da queda acumulada em 12 meses. Para frente, no entanto, a leitura de outubro deve capturar a importância do mês para a reação do setor, já que desde 21 de outubro o Aeroporto Salgado Filho retornou (parcialmente) com suas operações – fato que deve repercutir direta e indiretamente para a retomada do setor gaúcho.
Fonte: Fecomércio-RS
