Intenção de consumo das famílias tem queda em março

Intenção de consumo das famílias tem queda em março

Depois de uma alta de 2,1% em fevereiro, o ICF-RS voltou a cair na margem

A Intenção de Consumo das Famílias Gaúchas (ICF-RS) marcou 59,5 pontos em março de 2025, o que representou um recuo de 1,4% na comparação com a edição anterior. Em relação a março de 2024 o resultado foi 7,2% inferior. A pesquisa, realizada pela CNC, ocorreu nos últimos dez dias de fevereiro de 2025 em Porto Alegre. O ICF e seus componentes variam de 0 a 200 pontos. Resultados abaixo de 100 pontos denotam uma opinião média pessimista, que é mais intensa quanto mais próximo de 0 se encontra o indicador. “Mesmo com sinais da resiliência do varejo no início do ano e uma recuperação importante do mercado de trabalho depois da tragédia, a percepção das famílias sobre os aspectos base para suas decisões de consumo seguem indicando muita cautela. Com inflação pressionada e crédito que ficará ainda mais caro, será difícil uma reação mais forte da confiança. Ou seja, o esforço de venda deverá ser ainda maior em 2025.” comentou Luiz Carlos Bohn, presidente da Fecomércio-RS.

Nesta edição, cinco das sete componentes do índice apresentaram queda na margem. Os únicos dois índices sem quedas foram Consumo Atual (56,1 pontos; +1,3%) e Acesso a Crédito (84,9 pontos; +1,5%). O maior destaque negativo ante fev/25 foi o indicador de Perspectiva de Consumo (77,5 pontos; -5,0% ante fev/25), que anulou os ganhos dos últimos dois meses. Sem reação da confiança na ponta, o ICF-RS se mantém bastante aquém do patamar um ano atrás. Nessa perspectiva, as maiores contribuições negativas vêm de Situação do Emprego (78,6 pontos; -13,6% ante março de 2024), Momento para Duráveis (16,8 pontos; -36,7% ante março de 2024) e Perspectiva Profissional (15,0 pontos; -38,2% ante março de 2024). Por outro lado, o destaque positivo fica na avaliação sobre a Situação de Renda, componente mais próximo da linha de neutralidade (87,7 pontos) e que se encontra 0,9% acima de março de 2024. Nota-se, no entanto, que entre os entrevistados, menos de 10% avaliam que sua renda está melhor que no ano anterior, quase 70% consideram que está igual e cerca de 22% a sentem pior.

Confira os dados completos e análise econômica.

Fonte: Fecomércio-RS

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