August 16, 2024

Segundo trimestre tem taxa de desocupação de 5,8% no RS

Segundo trimestre tem taxa de desocupação de 5,8% no RS

Conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral (PNAD Contínua Trimestral), do IBGE, a taxa de desocupação média no Rio Grande do Sul foi de 5,9% no segundo trimestre de 2024, um aumento que não foi estatisticamente significativo na comparação com o trimestre imediatamente anterior (5,8%) e na comparação com o trimestre encerrado em junho de 2023 (5,3%). Com esse resultado, o RS ficou com a décima menor taxa de desocupação entre os estados brasileiros. 

O contingente total de ocupados variou -1,3% em comparação com o trimestre encerrado em junho de 2023 (variação sem significância estatística), enquanto os desocupados registraram variação de 11,4% na mesma comparação (também não significativo do ponto de vista estatístico). A força de trabalho variou -0,7% nessa comparação e não foi estatisticamente significativa de acordo com o IBGE. Na comparação com o primeiro trimestre de 2024, a variação dos ocupados foi de -0,6%, enquanto o contingente de desocupados aumentou 0,8% (ambos sem significância estatística). 

 O rendimento médio real habitual das pessoas ocupadas foi de R$ 3.599 no segundo trimestre de 2024, representando um aumento de 8,9% em relação ao segundo trimestre de 2023 e variação de 5,0% frente ao primeiro trimestre de 2024. A massa de rendimento real atingiu o montante de R$ 20,7bilhões, o que representou uma alta de 8,7% frente ao segundo trimestre de 2023e uma variação de 4,2% na comparação com o trimestre imediatamente anterior encerrado em março de 2024.

 

Os dados do Mercado de Trabalho do segundo trimestre, segundo a PNAD contínua, precisam ser olhados com atenção, isso porque, apesar dos contingentes estimados a partir da amostra gaúcha mostrarem variações no mercado de trabalho, elas não podem ser consideradas estatisticamente significativas - ou seja, não se pode assumir que diferem em relação às estimativas anteriores. Isso não quer dizer, necessariamente, que não houve impacto da tragédia no mercado de trabalho, até porque os dados de registros de movimentação (Novo Caged) informados pelas empresas mostram o fechamento no RS de 22 mil postos de trabalho formais em maio e outros 8,6 mil em junho - com heterogeneidade entre setores e regiões. Esse fechamento de postos de trabalho, no entanto, decorreu, em grande parte, da queda das novas contratações pelas empresas, com forte queda nas admissões - ou seja, houve uma parada na dinâmica do mercado de trabalho pela demanda por trabalho diante do impacto da tragédia.

De acordo com a Pnad trimestral, que entrevista famílias, o único contingente agregado que teve aumento significativo foi o total de pessoas fora da força de trabalho (+2,8% ante o trimestre anterior). Esse resultado pode refletir uma interrupção, mas pelo lado da oferta de trabalho, em um contexto de menos pessoas procurando emprego diante da situação decorrente da catástrofe, que pode incluir pessoas em idade ativa que entrariam no mercado de trabalho e postergaram a decisão, ou aqueles que perderam a ocupação e ainda não tinham perspectiva ou condições de voltar a trabalhar até o fim de junho ou de buscar por novo emprego.

Vale nota, portanto, que apesar da dificuldade dos resultados da Pnad em capturar com maior detalhe as movimentações no mercado de trabalho decorrente da tragédia, toda a atenção deve se voltar para como esse impacto será acomodado à frente, no curto, médio e longo prazo - inclusive com atenção à dinâmica da oferta de trabalho (pessoas ofertando trabalhando) em decorrência de possíveis movimentos migratórios.

Fonte: Fecomércio-RS

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