December 2, 2024

Taxa de desocupação volta a cair

Taxa de desocupação volta a cair

Conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do IBGE, a taxa de desocupação média brasileira foi de 6,2% no trimestre encerrado em outubro de 2024. A taxa foi a menor desde o início da série histórica da PNAD em 2012. No mesmo trimestre de 2023, a taxa era de 7,6%. Em relação ao trimestre anterior (encerrado em julho de 2024), quando a taxa foi de 6,8%, também houve queda da taxa de desocupação. A taxa de desocupação caiu motivada pelo aumento de ocupados na força de trabalho e pela queda de desocupados. O contingente de desocupados totalizou 6,8 milhões de indivíduos – o que representou uma variação de -8,0% em relação ao trimestre encerrado em julho de 2024 e uma redução de -17,2% em relação ao trimestre encerrado em outubro de 2023. A população ocupada, por sua vez, foi estimada em 103,6 milhões de trabalhadores, ocasionando uma variação de 1,5% em relação ao trimestre encerrado em julho de 2024, e estabelecendo um novo pico histórico. Na comparação com o trimestre encerrado em outubro de 2023, houve aumento de 3,4%. A taxa de subutilização caiu novamente, alcançando 15,4% e totalizando 17,8 milhões de pessoas subutilizadas (a menor desde o trimestre encerrado em maio de 2015). A população desalentada reduziu 11,7% na comparação anual, chegando ao menor contingente desde o trimestre encerrado em abril de 2016. Atualmente há 3,0 milhões de pessoas desalentadas no país. A taxa de informalidade também reduziu passando de 39,1% no mesmo trimestre de 2023 para 38,9% no trimestre encerrado em outubro de 2024. No trimestre encerrado em julho de 2024 ela estava em 38,7%.

A taxa de participação foi de 62,6%, mostrando-se superior à verificada no mesmo trimestre do ano anterior e também em relação ao trimestre encerrado em julho de 2024. Todavia, na comparação ao pré-pandemia, considerando o trimestre equivalente, isto é, o encerrado em out/19 (63,8%), a taxa de participação se apresenta significativamente menor. Considerando a taxa de participação de 63,8%, a taxa de desocupação seria de 8,0%, maior do que os 6,2% registrado atualmente.

O rendimento real médio das pessoas ocupadas foi de R$ 3.255 no trimestre encerrado em outubro de 2024, ficando estável em relação ao trimestre encerrado em julho de 2024 e registrando elevação de 3,9% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Com aumento do rendimento médio e do total de ocupados ante o trimestre encerrado em outubro de 2023, a massa de rendimento real atingiu novo recorde da série (R$ 332,6 bilhões) e teve aumento de 7,7% (R$ 23,6 bilhões) nessa base de comparação. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, houve aumento de 2,4%.

A taxa de desocupação, bem como os indicadores ligados à subocupação e ao número de desalentados, apresentaram nova queda no trimestre encerrado em outubro de 2024. Ainda que o nível dessas variáveis esteja ligado a uma taxa de participação mais baixa da população no mercado de trabalho, é indiscutível que o mercado de trabalho brasileiro vive um momento de aperto, com possíveis consequências sobre a dinâmica dos preços e a evolução da atividade. Atualmente, a previsão é de que a taxa de desocupação brasileira encerre 2024 em 6,0%. E ainda que para 2025, a taxa de juros maior seja o principal entrave ao crescimento da economia, dada a evolução demográfica brasileira associada a uma taxa de participação que está estruturalmente menor, em parte explicada pelo avanço das transferências públicas de renda, não devemos observar aumentos significativos na taxa de desocupação.

Fonte: Fecomércio-RS

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