Varejo cresce 0,4% no Brasil e 0,2% no Rio Grande do Sul
Conforme a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do IBGE, que investiga empresas varejistas com 20 pessoas ocupadas ou mais, o Varejo Restrito brasileiro teve aumento de 0,4% no volume de vendas em outubro em relação ao mês imediatamente anterior, na série que considera o ajuste sazonal. Apesar da desaceleração, em setembro de 2024 a alta foi de 0,6%, o nível da série histórica do Varejo Restrito voltou para o maior nível desde o início dos registros (janeiro de 2000). A alta mensal foi bastante disseminada, com seis das oito atividades pesquisadas apresentando alta nessa base de comparação e 19 unidades da federação apresentando resultados positivos. Em termos interanuais, sete atividades tiveram aumento e apenas uma teve recuo. Com isso, o Varejo Restrito apresentou alta de 6,5% (17ª taxa positiva) na comparação com outubro de 2023, acumulando alta de 5,0% e, em 12 meses, de 4,4%. Nessa base de comparação, destaque para o crescimento de 16,1% da atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, mas também performaram muito bem Móveis e eletrodomésticos (9,9%), Tecidos, vestuário e calçados (7,9%) Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (6,3%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (5,6%). Entre os estados, todas as 27 unidades da federação a registraram alta. O Varejo Ampliado, que inclui as atividades de Material de Construção e Veículos, Motos, Partes e Peças, e Atacado de Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo teve variação de 0,9% na comparação mensal e, em relação a outubro do ano anterior houve aumento de 8,8%. Com isso, o Varejo Ampliado acumulou alta de 4,9% no ano e de 4,3% em 12 meses.
No Rio Grande do Sul (RS), comparado ao mês anterior, o Varejo Restrito apresentou alta de 0,2% na série dessazonalizada, sucedendo uma alta de 0,9% em setembro de 2024. Em relação ao mês de outubro do ano passado, houve aumento de 10,9%. Com o resultado do mês, o Varejo gaúcho acumulou aumento de 7,8% no ano e de 7,0% (acelerando em relação ao mês anterior) em 12 meses. Já no Varejo Ampliado gaúcho, foi registrada variação de 1,8% na margem. Em relação a outubro de 2023, as vendas aumentaram 16,8%. Dessa forma, o volume de vendas do Varejo Ampliado registrou alta de 8,8% no acumulado do ano e de 7,3% em 12 meses.
A alta de 10,9% no Varejo Restrito do Rio Grande do Sul na comparação com out/23 foi resultado de sete altas e uma baixa. Entre as altas, as atividades de Tecidos, Vestuário e Calçados (16,0%), Outros Artigos de uso pessoal e doméstico (15,5%) Artigos Farmacêuticos e Perfumaria (13,3%), Hipermercados, Supermercados, Prod. Alimentícios, Bebidas e Fumo (12,1%), Móveis e eletrodomésticos (6,1%), Combustíveis e lubrificantes (4,7%), e de Equipamentos e Materiais para Escritório, Informática e Comunicação (4,5%). Já Livros, jornais, revistas e papelaria apresentou variação de -3,4%. No Varejo Ampliado, a atividade de Materiais de Construção variou 24,3% enquanto Veículos, Motos, Partes e Peças registraram alta de 28,3%. Por fim, o Atacado de Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo teve variação de 24,3% na comparação interanual.
Os dados do varejo no Brasil refletem uma conjuntura que ainda favorece o consumo das famílias. A massa real de salários é atualmente 7,7% maior do que no mesmo período do ano anterior, as transferências de renda continuaram se expandindo, o crédito para as pessoas físicas aumentou e, ainda que a inflação estoure a meta, ela ainda não está em patamares que corroam significativamente o poder de compra. No Rio Grande do Sul, um arrefecimento na margem já era esperado. À medida que a economia passa a contar cada vez menos com a circulação dos recursos extraordinariamente transferidos às famílias como compensação às enchentes, passa a haver uma acomodação em termos de consumo, aparentemente se consolidando num nível bastante superior ao do ano anterior.
Fonte: Fecomércio-RS