Taxa de Desocupação volta a cair no país
Conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do IBGE, a taxa de desocupação média brasileira foi de 6,8% no trimestre encerrado em julho de 2024. A taxa foi a menor para um mês de julho desde o início da série histórica, em 2012. No mesmo trimestre de2023, a taxa era de 7,9%. Em relação ao trimestre anterior (encerrado em abril de 2024), quando a taxa foi de 7,5%, também houve queda da taxa de desocupação, motivada pelo aumento de pessoas ocupadas na força de trabalho e redução do número de pessoas desocupadas. O contingente de desocupados totalizou 7,4milhões de indivíduos – o que representou uma variação de -9,5% em relação ao trimestre encerrado em abril de 2024 e uma redução de 12,8% em relação ao trimestre encerrado em julho de 2023.
Este é a menor população desocupada desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015. A população ocupada, por sua vez, foi estimada em102,0 milhões de trabalhadores, ocasionando uma variação de 1,2% em relação ao trimestre encerrado em abril de 2024, e estabelecendo um novo pico histórico. Na comparação com o trimestre encerrado em jul/23, houve aumento de 2,7%. Em linhas gerais, a maior parte dos indicadores apresentaram variações importantes e na direção que aponta uma forte resiliência. A taxa de subutilização caiu1,6% na comparação anual. A população desalentada reduziu 12% no mesmo período, chegando ao menor contingente desde o trimestre encerrado em junho de 2016. A taxa de informalidade também reduziu passando de 39,2% no mesmo trimestre de 2023 para 38,7% no trimestre encerrado em julho de 2024.
A taxa de participação permaneceu em 62,1%. Com isso, a taxa de participação se mostrou levemente superior à verificada no mesmo trimestre do ano anterior, e estável em relação a março de 2024. Todavia, na comparação ao pré-pandemia, a taxa de participação se apresenta significativamente menor(63,4%). Considerando a taxa de participação de 63,4%, a taxa de desocupação seria de 8,7%, maior do que os 6,8% registrado atualmente.
O rendimento real médio das pessoas ocupadas foi de R$ 3.206no trimestre encerrado em julho de 2024, ficando estável em relação ao trimestre encerrado em abril de 2024 e registrando elevação de 4,8% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Com aumento do rendimento médio e do total de ocupados ante o trimestre encerrado em julho de 2023, a massa de rendimento real atingiu novo recorde da série e teve aumento de 7,9% nessa base de comparação. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, a elevação foi de 1,9%. O mercado de trabalho aquecido continua sendo um vetor importante para estimular as vendas no varejo e nos serviços destinados às famílias. Todavia, diante de taxas de desocupação historicamente baixas, crescem as pressões sobre os salários e crescem as dificuldades de contratação e a rotatividade, o que impacta a produtividade e também o caixa das empresas.
Fonte: Fecomércio-RS