September 13, 2024

Varejo em julho: resiliência no Brasil e ritmo de reconstrução no RS

Varejo em julho: resiliência no Brasil e ritmo de reconstrução no RS

Conforme a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do IBGE, que investiga empresas varejistas com 20 pessoas ocupadas ou mais, o Varejo Restrito brasileiro teve aumento de 0,6% no volume de vendas em julho em relação junho, na série que considera o ajuste sazonal. No mês anterior, o volume havia caído 0,9% (valor revisado, antes 1,0%). Na comparação com julho de 2023, o volume de vendas teve alta de 4,4%. Com o resultado, o varejo restrito brasileiro registrou no acumulado do ano alta de 5,1% e, em 12 meses, aumento de 3,7%. O Varejo Ampliado, que inclui as atividades de Material de Construção, Veículos, Motos, Partes e Peças e Atacado de Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo teve variação de 0,1% na comparação mensal e, em relação a julho do ano anterior houve aumento de 7,2%. Com isso, o Varejo Ampliado acumulou alta de 4,7% no ano e de 3,8% em 12 meses.

No Rio Grande do Sul (RS), comparado ao mês anterior, o Varejo Restrito apresentou alta de 0,8% na série dessazonalizada, sucedendo um aumento de 1,9% em junho de 2024 (mesmo aumento de maio). Em relação ao mês de julho do ano passado, houve aumento de 9,8%. Com o resultado do mês, o Varejo gaúcho acumulou aumento de 7,7% no ano e de 5,9% em 12 meses. Já no Varejo Ampliado gaúcho, foi registrada variação de -0,3% na margem. Em relação a julho de 2023, as vendas aumentaram 13,6%. Dessa forma, o volume de vendas do Varejo Ampliado registrou alta de 7,3% no acumulado do ano e de 5,0% em 12 meses.

A alta de 4,4% no Varejo Restrito do Rio Grande do Sul na comparação com julho de 2023 foi resultado de 7 altas e 1 baixa. A atividade de Móveis e eletrodomésticos apresentou alta de 26,5%, Equipamentos e Materiais para Escritório, Informática e Comunicação teve crescimento de 22,4%, Tecidos, Vestuário e Calçados 17,6%, Artigos Farmacêuticos e Perfumaria cresceu 15,0%, Hipermercados, Supermercados, Prod. Alimentícios, Bebidas e Fumo registrou aumento de 9,3%, Livros, jornais, revistas e papelaria (4,0%) e Combustíveis e lubrificantes (3,8%). A baixa ocorreu em Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-2,2%). No Varejo Ampliado, a atividade de Veículos, Motos, Partes e Peças registrou alta de 29,9%, enquanto Materiais de Construção variou 23,9%. Por fim, o Atacado de Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo teve variação de 8,1% na comparação interanual.

Apesar do crescimento tímido na margem do varejo restrito nacional, a variação positiva e o forte aumento na comparação interanual seguem indicando resiliência no consumo das famílias, cuja dinâmica tem sido suportada pela sustentação do mercado de trabalho, com crescimento da massa real de salários e expansão da população ocupada, assim como pelo reforço das transferências às famílias desde o ano anterior.

No caso do Rio Grande do Sul, a dinâmica da reconstrução pós-tragédia impulsionada pelos recursos transferidos e antecipados às famílias fica evidente nos dados, que seguem capturando o movimento nos segmentos mais relacionados à recomposição das perdas e reconstrução, e a continuidade do ritmo também nos segmentos de bens essenciais. Nos segmentos da retomada, além de móveis, eletrodomésticos e equipamentos para escritório e informática – que tiveram movimento forte sustentado – também se destaca o aquecimento da venda de carros e os materiais de construção. À frente, no entanto, dado o caráter não continuado das transferências no âmbito da tragédia, a dinâmica deve perder força à medida que se esgotam os recursos extras das famílias.

Fonte: Fecomércio-RS

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